Combinação de psicadélicos e meditação potencia experiências místicas?
Investigadores testaram se a combinação de psicadélicos com a meditação aumenta a atenção plena, compaixão, insight e transcendência do tipo místico num grau superior ao da meditação com placebo.
As respostas dos profissionais de saúde ao stress em cenários de prestação de cuidados críticos e o risco de burnout
Estudo avaliou funcionamento psicobiológico de 27 médicos e paramédicos de Emergência Médica Pré-Hospitalar e salienta importância de períodos de recuperação.
Investigadores da psi são mais parecidos com os leigos crentes ou com os céticos?
Estudo revela que os investigadores que estudam as capacidades psíquicas diferem dos indivíduos leigos crentes nessas capacidades, mas não dos céticos no que diz respeito ao pensamento ativamente aberto.
Placebos funcionam mesmo quando sabemos que são placebos?
A investigação tem demonstrado que as expectativas em relação aos placebos estão associadas a mudanças de ativação em regiões relacionadas com a atenção e o controlo cognitivo (e.g., córtex cingulado anterior), bem como a integração somatossensorial (ínsula e regiões parietais). No entanto, estes estudos foram feitos com placebos “enganosos”, ou seja, placebos apresentados como tratamentos ativos. Os efeitos de placebos não enganosos, também conhecidos como placebos honestos ou de rótulo aberto, ou seja, quem os toma é informado de que não são medicamentos, têm sido pouco explorados. Anne Schienle e Albert Wabnegger realizaram um estudo com recurso ao fMRI para examinar os efeitos dos placebos abertos na regulação emocional, especificamente na redução da sensação de nojo. Os participantes avaliaram o efeito esperado dos placebos abertos antes da experiência e o efeito percebido após a experiência. Os resultados mostraram que quando as expectativas dos participantes em relação ao tratamento com placebos abertos foram cumpridas, observou-se uma redução da atividade cerebral em áreas chave do cérebro, como o córtex cingulado anterior, a ínsula, as regiões parietais e o parahipocampo. Estas áreas são cruciais para identificar estímulos significativos e para avaliar tanto a relevância emocional como o contexto de uma experiência. Assim, a diminuição da atividade nessas áreas sugere que, quando as expectativas são cumpridas, o cérebro processa a saliência emocional e o contexto do estímulo de forma mais eficiente e menos intensa, o que contribui para a regulação emocional. Este estudo foi publicado na revista científica Brain Research Bulletin, no artigo Neural correlates of expected and perceived treatment efficacy concerning open-label placebos for reducing emotional distress, no âmbito do projeto de investigação 03/22 - The power of imagination: Neural effects of imagined placebo intake, apoiado pela Fundação BIAL.
Será que a crença no paranormal nos torna mais vulneráveis ao stress?
A ideia de que a crença no paranormal está associada a processos psicológicos desadaptativos tem sido amplamente desafiada por estudos recentes. Estes estudos sugerem que, na ausência de predisposições específicas, como níveis elevados de transliminaridade (uma sensibilidade aumentada a estímulos internos e externos) e características associadas à psicopatologia (como a esquizotipia e tendências maníaco-depressivas), a crença no paranormal não compromete o ajustamento psicológico nem o bem-estar. No entanto, continua a ser uma questão em aberto se os diferentes tipos de crença no paranormal, nomeadamente a Crença Paranormal Tradicional (CPT, ligada a noções culturais e sociais de controlo por forças sobrenaturais) e a Filosofia da Nova Era (FNE, associada a questões mais individuais e espirituais), podem levar a variações na forma influenciam a perceção de bem-estar e ajustamento psicológico. No âmbito do projeto 123/20 - A latent profile analysis and structural equation modelling of paranormal belief, psychopathological symptoms, and well-being, apoiado pela Fundação BIAL e liderado por Neil Dagnall, a equipa de investigação realizou um estudo que explorou se a CPT e a FNE estão associadas de maneira diferenciada ao stress percebido (variável frequentemente usada nos estudos da área como um indicador de bem-estar). Os resultados indicaram que a CPT foi significativamente associada a níveis mais elevados de angústia e a uma menor capacidade de enfrentamento (coping). Por outro lado, a FNE não demonstrou qualquer associação preditiva. Estes resultados sugerem que a CPT pode refletir uma perceção reduzida de controlo sobre fatores externos, o que aumenta a suscetibilidade ao stress, enquanto a FNE, devido ao seu foco em questões mais individuais, não parece contribuir para estas dinâmicas. Assim, compreender as diferenças funcionais entre estas crenças é essencial para abordar o impacto psicológico da crença no sobrenatural. Este estudo foi publicado na revista científica PLOS ONE, no artigo Re-evaluation of the relationship between paranormal belief and perceived stress using statistical modelling.
Bolsa de Doutoramento Nuno Grande 2024: candidaturas abertas
Estão abertas a partir de hoje as candidaturas para a Bolsa de Doutoramento Nuno Grande 2024, no valor de €25.000.
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